segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Capitulo 2

  Eu levantei da penteadeira e desci as escadas para ir falar com meu pai sobre as mudanças que eu pretendia fazer em minha vida, mas consequentemente dei de cara com a minha mãe que não parecia estar nada contente:

- Roberta, eu tenho que falar com você imediatamente, venha comigo.
 E eu não tive muita escolha a não ser segui-la  até a biblioteca, onde depois que eu entrei ela trancou a porta :
- O Gabriel acabou de nos ligar.
- E o que eu tenho a ver com isso ?
- Ele queria saber se o fato de você ter terminado o namoro de vocês iria interferir nos negócios dele com seu pai, ou no modo como nossa família o trata.
- E o que você disse para ele ?
- Eu disse que convenceria você a voltar com ele, imagina só se essa história vasa e a imprensa interpreta essa briguinha de vocês como um término definitivo? Já estou até imaginando os tabloides das colunas sociais "Casal modelo se separa". Pense só em como isso poderia nos atingir? Só de pensar nisso já me da urticária. Mas voltando ao assunto, o Gabriel está esperando uma ligação sua, para vocês...
     Naquele momento eu percebi que se queria realmente mudar minha vida eu teria que me impor e mostrar que não iria mais abaixar a cabeça pra ninguém, muito menos para as futilidades da minha mãe maluca, então foi aí que eu me rebelei:
- Só que se você está achando que eu vou  voltar com ele você está muito enganada, eu estou farta de ser controlada e manipulada por todos, e você tem que rezar muito para eu não escrever uma nota pessoalmente sobre o término do meu namoro, e contar realmente o que aconteceu, ai sim você vai ver os tabloides das colunas sociais dizendo "Casal modelo se separa depois da artista plástica pegar o empresário nu na banheira com uma garota 18 anos".
- Roberta não...
- Ahh cala a boca mãe, eu vivi minha vida inteira paparicando vocês todos e colocando as necessidades de vocês sempre à frente da minha, mas agora chega! Eu quero viver a minha vida.
    E assim eu passei por ela, destranquei a porta e deixei-a lá, sozinha. Eu confesso que no momento em que sai daquela sala  me senti mais leve. Eu entrei no escritório do meu pai e me sentei na cadeira em frente à mesa onde ele estava:
- Oi filha.
- Oi pai, você já está sabendo do meu término com o Gabriel?
- Sim, ele me ligou mais cedo querendo saber se isso afetaria os nossos negócios. Então eu  disse para ele que iria falar com você antes de dar minha resposta, mas eu não preciso  eu sei que se você não quis continuar seu relacionamento com ele é porque finalmente percebeu que ele não era bom para você.
- E isso quer dizer que você não vai mais  fazer negocio com ele?
- Muito pelo contrário, ele era um péssimo namorado, mas é muito bom em relação aos negócios. Mas não é por isso que estamos tendo esta conversa não é? 
- Na verdade não, eu queria pedir seu apoio, tanto psicologicamente quanto financeiramente para fazer um mochilão por lugares em que eu  sempre quis ir  mas nunca tive coragem.
- Você tem o meu apoio.
      No dia seguinte eu acordei cedo e fui atrás de tudo para poder fazer minha viagem, e no outro dia eu já estava embarcando com destino a Amsterdã. Eu cheguei lá e fui logo procurar um lugar para passar a noite. Assim que eu encontrei um hotelzinho barato, fui a uma cafeteria, e quando eu estava sentada  no balcão, tomando um café e estava conversando com a barrista quando uma mulher loira que estava ao meu lado se virou:
- O que você esta procurando aqui em Amsterdã?
- Estou buscando historias novas.
- Então você deu sorte, porque se alguém nessa cidade pode te proporcionar isso sou eu.

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